Mostrando postagens com marcador Adventistas do 7º dia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Adventistas do 7º dia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 2 de março de 2021

Fala sério - a Igreja Adventista é uma seita?

 No primeiro vídeo, temos os argumentos do Pr Adventista, Eleazar (canal "Fala sério, pastor") trazendo ponderações sobre se a igreja adventista é uma seita.
No segundo vídeo, apresento algumas observações sobre tais argumentos...






quarta-feira, 22 de julho de 2020

Os Adventistas, John Stott e o Bode para Azazel


A soteriologia adventista possui alguns problemas sérios e distintos da Teologia Cristã protestante histórica. Embora em suas Crenças Fundamentais (n.10) a afirmação da doutrina da salvação está alinhada com a teologia bíblica, ela infelizmente não é deixada só na teologia adventista. Destaco antes, porém, que alguns teólogos adventistas já disseram que a soteriologia adventista não é nem arminiana, nem calvinista. Outros teólogos identificam a soteriologia adventista sim com o arminianismo wesleyano. Mas seus problemas são outros. Em primeiro lugar a soteriologia adventista está ligada a eventos escatológicos, como o juízo investigativo iniciado em 22 de outubro de 1844 e também com forte ligação com o selo sabático. Os problemas são advindos da dependência e da submissão que precisam inclinar toda reflexão doutrinária ao que a profetisa escreveu, visto que a consideram inspirada, é somente obvio que essa submissão intelectual e espiritual seria inevitável. Em segundo lugar, outro problema mais exótico e estranho é que Ellen White disse que quem vai levar o pecado de toda a humanidade, incluindo os justificados em Cristo, será por fim Satanás, o Diabo. Segundo ela

Quando Cristo, pelo mérito de seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de seu povo, ao encerrar-se o seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final”. (GC, p. 421).

Apesar disso, o adventismo insiste em dizer que os críticos que dizem que eles fazem do Diabo um Co-redentor, são desonestos e fazem caricatura de suas crenças. Pois bem, entre eles dizerem isso é uma coisa, mas culparem os críticos das conclusões inevitáveis do absurdo que Ellen White escreveu, é outra coisa. Ao invés de negarem o que ela escreveu, eles preferem nublar o debate entre ‘honestidade’ e ‘desonestidade’, ao passo que o que parece, para esses críticos, o que está em jogo é a lógica da proposição.



Pois bem, um dos interpretes mais respeitados do nosso tempo, o já falecido John Stott escreveu algo sobre esse assunto, fazendo algumas observações que são bem pertinentes ao assunto em tela. O nome de Stott vez por outra é citado por adventistas, visto que ele expressou alguma opinião contrária ao tormento eterno, causando assim alvoroço nos burgos adventistas. Veja o que ele diz sobre o Dia da Expiação, no qual o chamado “bode emissário” recebe relevo:

“Mais claro ainda era o ritual anual do Dia da expiação. O sumo sacerdote devia tomar “dois bodes para a oferta pelo pecado” a fim de expiar os pecados da comunidade israelita como um todo (Levítico 16.5).  Um bode devia ser sacrificado e seu sangue aspergido da maneira usual, ao passo que sobre a cabeça do bode vivo o sumo sacerdote devia pôr ambas as mãos e confessar “todas as iniquidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode.” (v.21). Então ele devia enviar o bode ao deserto, e o bode levaria “sobre si todas as iniquidades deles para a terra solitária” (v.22). Alguns comentaristas cometem o erro de colocar uma cunha* entre os dois bodes, o sacrificado e o de escape, menosprezando o fato de que os dois juntos são descritos como “oferta pelo pecado” no singular (v.5). Talvez T. J. Crawford tivesse razão em sugerir que cada um deles incorporava um aspecto diferente do mesmo sacrifício, “um exibia os meios, e o outro os resultados, da expiação”. Nesse caso a proclamação pública do Dia da expiação era clara, a saber, que a reconciliação era possível somente através do levar o pecado substitutivo. O autor da carta aos Hebreus não hesita em ver Jesus tanto como “misericordioso e fiel sumo sacerdote” (2.17) quanto como as duas vítimas, o bode sacrificado cujo sangue era levado para o Santo dos Santos (9.7,12) e o bode expiatório que tirava os pecados do povo (9.28).” (A Cruz de Cristo, p. 149).

*Parece que essa ‘cunha’ fica bem evidente na obra, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, (para os que são familiarizados com obras protestantes, é uma Teologia Sistemática), diz em sua página 434:

“Azazel entra em cena depois... Esse bode não tem nada a ver com os rituais expiatório do Dia da Expiação. Serve apenas para levar sobre si todas as iniquidades do povo de Israel... A locução “levar sobre si” não significa levar o pecado de alguém vicariamente, pois somente nessa passagem a locução... é seguida por um destino: “para a terra solitária”. A expressão significa “levar embora” para o deserto não tem implicações doutrinárias. O rito do bode emissário era um rito de eliminação do pecado/impureza, não era um ato sacrifical.


terça-feira, 16 de junho de 2020

Leandro Quadros, Yago Martins e a mesmice da Apologética Adventista



Leandro Quadro produziu mais um vídeo, dando resposta ao Pastor Yago Martins que escreveu em uma resposta onde alegou que se alguém crê em Ellen White está fora do cristianismo, visto que estaria no mesmo patamar dos Mórmons e das Testemunhas de Jeová. Daí, Leandro Quadros se manifesta com a mesma tacada de sempre, dizendo que Yago não consulta as fontes primárias, que os adventistas já deram respostas a isso, que os críticos são desinformados, etc, etc. Leandro Quadros cita vários autores, críticos, que repetiram o que Yago escreveu, uma afirmação errônea sobre a crença adventista a respeito da autoridade de Ellen White. 

A defesa do Professor Leandro Quadros é minimizar e tentar colocar o valor de Ellen White em um patamar diferente que os críticos a colocam, e assim, dizer que o que os críticos dizem, não corresponde com suas crenças.

Em primeiro lugar não acho que o Pr Yago erra ao citar Adventistas, Mórmons e Testemunhas de Jeová – sem uma qualificação específica, ao dizer que esses creem em uma outra fonte inspirada, além da Bíblia. A qualificação seria assim:

1.      A Igreja Adventista crê em uma fonte inspirada além da Bíblia, mas não canônica tal como a Bíblia. Eles usam o argumento da continuidade dos dons, mas apenas Ellen White, e tão somente Ellen White é essa autoridade inspirada não canônica.
2.      A Igreja Mórmon crê uma fonte inspirada além da Bíblia, e essa fonte tem a mesma autoridade canônica da Bíblia. Apenas os profetas e apóstolos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são essa fonte inspirada e canônica.
3.      A religião Testemunhas de Jeová não crê em fonte inspirada além da Bíblia, mas essa fonte é a única que pode interpretar a Bíblia corretamente. Apenas o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, é o instrumento usado por Deus para isso em nossos dias.

Se era a precisão nos termos que Quadros requer, ele não tem o que reclamar, pois em tese, ao menos, o Pr Yago não escreveu que os adventistas creem em “outra fonte canônica”, mas inspirada! Se esse é o caso... não tem o que se reclamar.

Mas vamos ler uma afirmação oficial da denominação sobre a inspiração de Ellen White, como nos convida Leandro Quadros a fazer – citação como essa, que ele mesmo não o fez, apesar de selecionar aquelas sentenças adventistas que nublam o assunto:

“Uma Declaração de Fé no Espírito de Profecia - Nós, os delegados reunidos em Utrecht para a 56ª Assembleia da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia expressamos louvor e gratidão a Deus por Seu dom gracioso do Espírito de Profecia. Em Apocalipse 12, João, o revelador, identifica a Igreja nos últimos dias como os “remanescentes… que guardam os Mandamentos de Deus e têm o Testemunho de Jesus” (verso 17). Cremos que, nesse breve retrato profético, o revelador está descrevendo a Igreja Adventista do Sétimo Dia, que não apenas guarda “os Mandamentos de Deus”, mas que tem o “Testemunho de Jesus”, ou seja, “o Espírito de Profecia” (Apoc. 19:10). Na vida e ministério de Ellen G. White (1827-1915) vemos o cumprimento da promessa de Deus no prover à Igreja remanescente o “Espírito de Profecia”. Embora Ellen G. White não reivindicou para si o título de “profeta”, cremos que ela realizou a obra de um profeta e mais. Ela disse, “Minha comissão abrange a obra de um profeta, mas não finda aí” ( Mensagens Escolhidas, p. 36);  “Se outros me chamam assim [profetisa], não discuto com eles.” (idem, p. 34);  “Minha obra inclui muito mais do que este nome significa. Considero-me uma mensageira a quem o Senhor confiou mensagens para Seu povo,” (idem, p. 36). O encargo principal de Ellen G. White foi dirigir a atenção para as Santas Escrituras. Ela escreveu: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior.” (O Colportor Evangelista, p. 39). Ela cria que, embora seus escritos fossem a “luz menor”, eles eram luz, e que a fonte dessa luz é Deus. Como adventistas do sétimo dia cremos que “Em Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As Santas Escrituras devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de toque da experiência religiosa” (O Grande Conflito, p. 8). Consideramos o cânon bíblico encerrado. Contudo, cremos também, como o fizeram os contemporâneos de Ellen G. White, que seus escritos têm a divina autoridade tanto para o viver piedoso quanto para a doutrina. Assim, recomendamos: 1) Que como Igreja busquemos o poder do Espírito Santo para aplicar mais plenamente à  nossa vida o conselho inspirado contido nos escritos de Ellen G. White e 2) Que nos empenhemos mais para publicar e fazer circular esses escritos ao redor do mundo. Esta declaração foi aprovada e votada pela sessão da Conferência Geral em Utrecht, na Holanda em 30 de junho de 1995.”

Interessante...


quarta-feira, 6 de maio de 2020

A falsa profetisa Ellen White e Mateus 24.36


Todos sabemos que Guilherme Miller, enganado pelo diabo, desobedeceu arrogantemente ao que Jesus disse em Mt 24.36 e At 1.6,7 e marcou a volta de Jesus para as datas de março de 1843, março de 1844 e outubro de 1844, (essa última geralmente os apologistas adventistas jogam a culpa em Samuel Snow, nome esse que Ellen White jamais atribuiu a data de 22/10/1844, pelo menos até agora não achei nada... quem é desinformada, nós ou ela que era contemporânea de ambos?).

Qual explicação os mileritas davam sobre Mt 24.36? Ellen White relata em seu livro O Grande Conflito. Veja por você mesmo o tom de aprovação dada por ela para a explicação (distorção) que davam sobre o que o Senhor Jesus disse, e julgue por si mesmo se o texto não foi 'violentado' para defender o grande desapontamento adventista, provando que aquele movimento não era guiado por Deus. No fim, guarde isso - tudo pelo adventismo, nada pela verdade!

“Daquele dia e hora ninguém sabe", era o argumento mais freqüentemente aduzido pelos que rejeitavam a fé do advento. do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mat. 24:36. Uma explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: "Que sinal haverá de Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus lhes deu sinais, e disse: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mat. 24:3 e 33. Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade, e isto nos é exigido saberDemais, é-nos ensinado que desatender à advertência ou recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu coração - "O meu Senhor tarde virá". Mostra sob que luz Cristo olhará e recompensará os que encontrar vigiando e pregando Sua vinda, bem como os que a negam. "Vigiai, pois", diz Ele; "bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim." (Mat. 24:42-51.) "Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3. Mostrou-se assim que as Escrituras não oferecem garantia aos homens que permanecem em ignorância com relação à proximidade da vinda de Cristo. Aqueles, porém, que unicamente desejavam uma desculpa para rejeitar a verdade, fechavam os ouvidos a esta explicação; e as palavras - "Daquele dia e hora ninguém sabe" - continuaram a ser repetidas pelos audaciosos escarnecedores e mesmo pelos professos ministros de Cristo. Ao despertarem os homens e começarem a inquirir do caminho da salvação, interpuseram-se ensinadores religiosos, entre aqueles e a verdade, procurando acalmar-lhes os temores com interpretações falsas da Palavra de Deus. Infiéis vigias uniram-se na obra do grande enganador, clamando: "Paz, Paz!" quando Deus não havia falado de paz. Muitos, tais quais os fariseus do tempo de Cristo, se recusaram a entrar no reino do Céu e embaraçavam aos que estavam entrando. O sangue dessas almas ser-lhes-á requerido.” (GC 370-372).

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

ELLEN WHITE, MAIS 'CALVINIANA' DO QUE EU


AS CITAÇÕES ABAIXO SÃO DO FAMIGERADO LIVRO (PORÉM, EM BOA PARTE PLAGIADO) “O GRANDE CONFLITO”. ATÉ EU QUE SOU CALVINISTA, NÃO CHEGO A TANTO EM MINHA ADMIRAÇÃO POR CALVINO:

“Deus estava ainda a preparar obreiros para ampliar a Sua causa. Em uma das escolas de Paris havia um jovem refletido, quieto, e que dava mostras de espírito robusto e penetrante, e não menos notável pela correção de vida do que pelo ardor intelectual e devoção religiosa. Seu gênio e aplicação logo o fizeram o orgulho do colégio, e tinha-se como certo que João Calvino seria um dos mais hábeis e honrados defensores da igreja.” Pag. 219 - Paragrafo 4.

“Mas um raio de luz divina penetrou até ao próprio interior das paredes do escolasticismo e superstição em que se achava Calvino encerrado. Estremeceu ao ouvir das novas doutrinas, nada duvidando de que os hereges merecessem o fogo a que eram entregues. Contudo, sem disso se dar conta, foi posto face a face com a heresia, e obrigado a submeter à prova o poder da teologia romana no combate ao ensino protestante.” Pag. 220 - Paragrafo 1.

“Calmamente deu Calvino início à sua obra, e suas palavras foram como o orvalho que caía para refrigerar a terra. Deixara Paris, e então se encontrava numa cidade provinciana sob a proteção da princesa Margarida, que, amando o evangelho, estendia seu amparo aos discípulos do mesmo. Calvino era ainda jovem, de porte gentil e despretensioso.” Pag. 221 - Paragrafo 5.

“Calvino, se bem que fosse hábil lutador nos campos da controvérsia religiosa, tinha a cumprir uma missão mais elevada do que a daqueles teólogos ruidosos. O espírito dos homens estava agitado, e esse era o tempo para lhes desvendar a verdade. Enquanto os salões da Universidade ecoavam do rumor das discussões teológicas, Calvino prosseguia de casa em casa, abrindo a Escritura ao povo, falando-lhes de Cristo, o Crucificado.” Pag. 222 - Paragrafo 2

“Calvino ainda estava em Paris, preparando-se pelo estudo, meditação e oração, para os seus futuros labores, e continuando a disseminar a luz. Pag. 223 - Paragrafo 3.

“Pessoas de todas as classes ouviam alegremente o evangelho. Não havia pregação pública, mas na casa do magistrado principal, em seus próprios cômodos, e algumas vezes num jardim público, Calvino desvendava as palavras de vida eterna aos que as desejavam ouvir. Depois de algum tempo, aumentando o número dos ouvintes, foi considerado mais seguro reunirem-se fora da cidade. Uma caverna ao lado de uma garganta profunda e estreita, onde árvores e pedras salientes tornavam a reclusão ainda mais completa, fora escolhida como o local para as reuniões. Pequenos grupos, que deixavam a cidade por estradas diferentes, dirigiam-se para ali. Neste ponto isolado, a Escritura era lida e explicada. Ali, pela primeira vez, foi pelos protestantes da França celebrada a Ceia do Senhor. Dessa pequena igreja foram enviados vários fiéis evangelistas.” Pag. 224 - Paragrafo 2.

“Farel confiava em que houvesse encontrado em Calvino a pessoa que o pudesse assistir naquela obra. Em nome de Deus conjurou solenemente o jovem evangelista a que ficasse e ali trabalhasse.” Pag. 233 - Paragrafo 4.

“Durante quase trinta anos, Calvino trabalhou em Genebra, primeiramente para estabelecer ali uma igreja que aderisse à moralidade da Bíblia, e depois em prol do avançamento da Reforma pela Europa toda. Sua conduta como dirigente público não era irrepreensível, tampouco eram suas doutrinas destituídas de erro. Mas foi instrumento na promulgação de verdades que eram de importância especial em seu tempo, na manutenção de princípios do protestantismo contra a maré do papado que rapidamente refluía, e na promoção da simplicidade e pureza de vida nas igrejas reformadas, em lugar do orgulho e corrupção favorecidos pelo ensino romanista.” Pag. 236 - Paragrafo 2.

De Genebra saíram publicações e ensinadores para disseminar as doutrinas reformadas. Daquele ponto os perseguidos de todos os países esperavam instrução, conselho e animação. A cidade de Calvino tornou-se um refúgio para os perseguidos reformadores de toda a Europa Ocidental. Fugindo das terríveis tempestades que duraram séculos, chegavam os foragidos às portas de Genebra. Famintos, feridos, despojados de lar e parentes, eram afetuosamente recebidos e tratados com ternura; e encontrando ali um lar, por meio de sua habilidade, saber e piedade abençoavam a cidade de sua adoção. Muitos que ali buscaram refúgio voltaram a seu próprio país para resistir à tirania de Roma. João Knox, o bravo reformador escocês, não poucos dos puritanos ingleses, protestantes da Holanda e da Espanha, e os huguenotes da França, levaram de Genebra a tocha da verdade para iluminar as trevas de seu país natal.” Pag. 236 - Paragrafo 3.

Calvino manda aos cristãos "não hesitarem, desejando ardentemente o dia da vinda de Cristo como o mais auspicioso de todos os acontecimentos"; e declara que "a família inteira dos fiéis conservará em vista aquele dia". "Devemos ter fome de Cristo, devemos buscá-Lo, contemplá-Lo", diz ele "até à aurora daquele grande dia, em que o nosso Senhor amplamente manifestará a glória do Seu Reino." Pag. 303 - Paragrafo 3.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

‘O reverendo Nicodemus precisa se informar melhor...’ - Leandro Quadros?


Eu já estou acostumado com a apologética adventista de duas vias – todo crítico adventista, que os classificam como seita, ou é 1. desinformado, ou é 2. desonesto. Quem mais tem popularizado essa defesa entre os adventistas é o apresentador da TV Novo Tempo, Leandro Quadros. Infelizmente, podemos dizer que nem toda crítica é livre de erros da natureza indicada por ele, afinal ninguém domina um assunto plenamente, porém, Leandro Quadros já popularizou isso de forma tal, que quando ele começa dizer “se o fulano tivesse lido tal e tal coisa” soa como que uma solução irrefutável para os seus fãs contra os críticos adventistas.

Sabemos que o reverendo Nicodemus deu uma aula sobre a o adventismo em uma igreja que pastoreava, ele apontou que o adventismo crê que Jesus tinha uma natureza pecaminosa – com base em uma afirmação em uma obra adventista, intitulada Estudos Bíblicos. Como lhe é peculiar, Leandro Quadros assumiu a defesa da IASD diante de Nicodemus em um vídeo (AQUI) em que seleciona informações desse debate, que não é unanimidade no arraial adventista, e dá a entender que tal afirmação do Dr. Nicodemus, foi parcial e sem base em uma pesquisa profunda. 

Daí, Quadros diz que Ellen White, não ensinava isso. Claro, isso é significativo, já que essa autora é considerada profetisa, inspirada, nos burgos adventistas. No entanto, será mesmo que Ellen White não ensinava que Jesus tinha uma natureza pecaminosa? Será que não estamos diante do fato que o Pr Natanael alertava, que 'o adventismo fala com os dois lados da boca'?

Vejamos se respeitado historiador adventista, George R. Knigh autor de livros adventistas e autor das notas do badalado livro adventista Questões sobre Doutrina, tem a nos dizer sobre isso. É curioso, que no vídeo que Quadros diz que Nicodemus selecionou informações limitadas, mas ele próprio fez o mesmo que os autores de Questões, na entrevista que deram ao evangélico W. Martin, fizeram. Omitiram deliberadamente algumas afirmações de Ellen White sobre o tema:

“A desconfiança de que os delegados adventistas podem ter ocultado a verdade da posição tradicional adventista é aparentemente confirmada na seção do apêndice do livro Questões Sobre Doutrina sobre "A Natureza de Cristo Durante a Encarnação". No apêndice das citações de Ellen White, os autores do livro acrescentam um título afirmando que Cristo "Assumiu a Natureza Humana Sem Pecado". Esse título é problemático, pois implica que essa era a ideia de Ellen White, quando de fato ela foi bem enfática em declarar repetidamente que Cristo tomou a "nossa natureza pecaminosa" e que "tomou sobre Si a natureza humana caída e sofredora, degradada e contaminada pelo pecado".12 (Ver as anotações históricas ampliadas sobre esse tópico nas páginas 437-445 do livro impresso [Apêndice B, III], 277, 278 [Cap. 33, IX].)”
“Dessa maneira, de acordo com Ellen White, na encarnação Cristo de fato, em vez de vicariamente, tomou sobre Si a "nossa natureza pecaminosa" (Review and Herald, 15 de dezembro de 1896, p. 789).”
“Vestido com as roupagens da humanidade, o Filho de Deus desceu ao nível daqueles a quem desejou salvar. NEle não havia engano ou pecaminosidade; Ele foi sempre puro e incontaminado; embora tenha tomado sobre Si a nossa natureza pecaminosa" (Review and Herald. 15 de dezembro de 1896, p. 789).”
“Pensemos na humilhação de Cristo. Ele tomou sobre Si a natureza humana caída, sofredora, degradada e contaminada pelo pecado. Ele tomou as nossas dores, carregando as nossas aflições e humilhações. Suportou todas as tentações com as quais o homem é assediado. Uniu a Sua humanidade com a divindade: um espírito divino habitou em um templo de carne. Uniu-Se com o templo. 'O verbo Se fez carne e habitou entre nós', porque ao assim fazer poderia associar-Se com os pecaminosos e aflitos filhos e filhas de Adão" (The Youth's lnstructor, 20 de dezembro de 1900, p. 394).”
“O título número III tem sido visto como problemático porque implica que Ellen White acreditava que Cristo "tomou a natureza humana sem pecado", quando de fato ela reivindicava o oposto. Por exemplo, em 1896 ela escreveu que Cristo "tomou sobre Si a nossa natureza pecaminosa" (Review and Herald, 15 de dezembro de 1896, p. 789). Novamente em 1900, ela registrou que "Ele tomou sobre Si a natureza humana caída, sofredora, degradada e corrompida pelo pecado" (The Youths histructor, 20 de dezembro de 1900. p. 394). Essas citações, como se poderia esperar, foram deixadas de fora da compilação em Questões Sobre Doutrina. Assim, o livro não apenas supriu um título equivocado, mas também negligenciou a apresentação da evidência que teria contestado aquele título. O resultado foi que o livro Questões Sobre Doutrina vem sendo difamado por muitos adventistas e provavelmente tem feito mais para criar divisão teológica na Igreja Adventista do que qualquer outro documento, nos seus mais de 150 anos de história.”
“Dessa maneira, eles estavam usando ambas as definições de natureza humana sem pecado. Com essa compreensão em mente, o título da página 437 (do livro impresso) [III. Assumiu a Natureza Humana Sem Pecado] e a não inclusão das declarações de Ellen White reivindicando que Cristo possuía uma natureza pecaminosa foram menos que honestos e transparentes.”
“Não é totalmente surpreendente que os autores de Questões Sobre Doutrina procurassem evitar aquelas declarações de Ellen White reivindicando que Cristo possuía uma natureza humana pecaminosa e também deixar a impressão de que ela sustentava que Ele tinha uma natureza humana sem pecado.”
“Como resultado, ao que parece, os autores de Questões Sobre Doutrina foram tentados a evitar algumas das fortes declarações de Ellen White em sua compilação e prover títulos equivocados. O resultado foi paz com os evangélicos, mas problemas dentro do acampamento adventista.”
Primeira, contrário às claras declarações de Ellen White sobre o assunto, adicionaram um título inferindo que ela cria que Cristo "tomou a natureza humana sem pecado".  Segunda, providenciaram uma visão unilateral de Ellen White sobre o tópico da natureza humana de Cristo ao apresentar em Questões Sobre Doutrina a evidência mais forte que puderam de que Cristo não era semelhante aos outros seres humanos, enquanto negligenciaram aquelas declarações nas quais Ellen White inferia ou reivindicava que Ele possuía uma natureza humana pecaminosa.”
Terceira, deliberadamente levaram Barnhouse e Martin a crer que a posição dos autores do livro Questões Sobre Doutrina acerca da natureza humana de Cristo tinha sido sempre sustentada pela denominação, "a despeito do fato de que alguns dos seus escritores ocasionalmente têm impresso material com pontos de vista contrários, inteiramente repulsivos à igreja de maneira geral".  É nesse contexto que os autores do livro se referiram àqueles que sustentavam a posição antiga como "extremidade lunática" e como sendo "pessoas irresponsáveis de visão extravagante" (Eternity, setembro de 1956, p. 6; ver nota 11 da Introdução Histórica e Teológica). Da perspectiva dos autores de Questões Sobre Doutrina, o principal entre os que compunham a "extremidade lunática" aparentemente não era outro senão M. L. Andreasen, o mais preeminente teólogo da denominação no final dos anos de 1930 e durante a década de 1940, mas agora relegado a segundo plano.”
“Andreasen não deixou escapar o fato de que LeRoy Froom e os seus associados no diálogo com os evangélicos não haviam contado a verdade acerca do ensino de longa data da denominação sobre a natureza humana de Cristo...”
“Para Andreasen, a mudança sobre a natureza humana de Cristo não foi nada mais do que uma traição a fim de ganhar o reconhecimento dos evangélicos. Infelizmente, parece haver elementos de uma traição na manipulação de dados e nas inverdades que foram transmitidas a Barnhouse e Martin sobre o tópico. Froom e seus associados estavam corretos em sentir, a partir do material que tinham sobre o tópico da natureza humana de Cristo, que a interpretação básica da denominação sobre o assunto precisava ser mudada, mas eles, ao que parece, não viram como poderiam ser completamente abertos com todas as declarações de Ellen White e ao mesmo tempo ganhar a aceitação dos evangélicos sobre esse ponto crucial de diferença. Como resultado, algumas fortes citações de Ellen White afirmando claramente que Cristo possuía uma natureza humana pecaminosa foram deixadas fora da compilação sobre o tópico no Apêndice do livro Questões Sobre Doutrina, enquanto um título equivocado implicando que Ellen White sustentava que Cristo tinha uma natureza humana sem pecado foi suprido.”
Se dizer que Jesus tinha uma natureza pecaminosa é uma heresia, e é, como afirma enfaticamente Leandro Quadros, então Ellen White a ensinou. Mas, como para tudo se dá um jeito, a tentativa de se justificar tais declarações é; versando que as afirmações de Ellen White devem ser entendidas como sendo uma natureza degradada pelo pecado, mas não a presença do mal moral na natureza de Jesus. 

Essa explicação não é obtida da pena de Ellen White, mas no cruzamento de afirmações dela a respeito da impecabilidade de Jesus, e de quem ela geralmente plagiava que fazia uma certa distinção.

“Poirier enfatiza que o sermão de Melvill intitulado "The Humiliation of the Man Christ" é especialmente útil em capacitar-nos para compreender e reconciliar o aparente conflito nas declarações de Ellen White sobre a humanidade de Cristo. De acordo com Melvill, a queda teve duas consequências básicas: (1) "debilidades inocentes" e (2) "propensões pecaminosas". Por "debilidades inocentes", Poirier escreve, "Melvill quer dizer coisas como fome, dor, fraqueza, tristeza, morte. 'Há consequências da culpa que são perfeitamente inocentes. O pecado introduziu a dor, mas a própria dor não é pecado.' Por 'propensões pecaminosas', [...] Melvill se refere à inclinação ou 'tendência' para pecar. Em seu sumário da discussão, Melvill argumenta que, antes da queda, Adão não possuía 'debilidades inocentes' nem 'propensões pecaminosas', que nascemos com ambas e que Cristo tomou as primeiras mas não as segundas" (Ministry, dezembro de 1989, p. 7, 8).”
Porém, a explicação de G. Knigh não logra êxito, e é flagrantemente falha, pois a tal distinção entre degradação do estado físico resultado da presença do pecado na natureza humana, já estava incluído nas afirmações de Ellen White, e acrescentava a natureza pecaminosa. O fato é que, a compreensão que julgo correta é que Ellen White ensinou sim que Jesus tinha natureza pecaminosa – no sentido comum dos termos, mas não tinha tendências pecaminosas, muito menos pecou.

Mas, o ponto aqui não é avaliar esse assunto em si, mas a forma que Leandro se comporta ao defender o adventismo. Concordo com o incansável apologista João Flávio do CACP, em um vídeo tratando do assunto (AQUI), - se a IASD dissesse, ‘olha erramos’, essa expressão não é feliz, Ellen White deveria usar outra expressão, ela errou, etc’ assunto encerrado. Mas não, como sempre precisam manter a imagem de que Ellen White jamais errou em matéria de doutrina, daí precisam ficar fazendo esses remendos.

Embora o rev. Nicodemus não expandiu a pesquisa – nem era o momento e ambiente para uma longa e exaustiva explanação, mas se ele o fizesse, teria muito mais combustível para queimar tal assunto nessa floresta de heresias que são os escritos de Ellen White. Tal como o caso do Bode Azazel, é Ellen White que é culpada, não os críticos com suas legítimas conclusões, em sua cadeia de sistemas doutrinárias.

Encerro aqui com um recado a Leandro Quadros, mais uma vez. Você diz que os críticos devem ler livros como o Questões sobre Doutrina, e curiosamente você não recomendou esse livro ao Nicodemus, não é? Para ser mais informado! Mas como seremos bem informados com tal livro sendo que o que norteou boa parte foi a dissimulação dos autores adventistas – [mais] desonestos e desinformados?

“Naturalmente, Questões Sobre Doutrina não está livre de erros. Os autores às vezes forçam um pouco mais os fatos em tais questões como a compreensão histórica do adventismo em relação à Trindade, e mesmo apresentam seus dados de maneira a criar uma falsa impressão sobre a natureza humana de Cristo. Mas, tendo em vista o desejo de agradar e a importância das respostas, o livro todo é uma declaração notavelmente corajosa da compreensão doutrinária tradicional adventista.”

Você apenas aproveitou-se dos emaranhados históricos que a seita possui – afinal, negavam a trindade, a divindade de Cristo – dizer que Jesus tinha natureza pecaminosa, não era um grande problema na época, e nessa celeuma apontou pontos que são compensadores ao peso final do produto. 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

PODERIA O MINISTÉRIO DE ELLEN WHITE SER UMA DAS OPERAÇÕES DO ERRO DE SATANÁS NOS ÚLTIMOS DIAS?


1. Considerando que... Ellen White se desviou de uma igreja cristã! (Hb 6.1-5; 1 Jo 2.19) 2. Considerando que... Ellen White não se importou com advertência de Jesus em Mt 24.36! (Lc 21.8) 3. Considerando que... Ellen White conviveu e comungou com arianos que blasfemaram contra a doutrina da Trindade (Jd 4). 4. Considerando que... Ellen White disse absurdos que hoje são omitidos de seus livros, como por exemplo que os santos deveriam entender os livros apócrifos. 5. Considerando que... Ellen White plagiou muitos de seus livros e disse que era revelação - mentia (Ex 20.16). 6. Considerando que... Ellen White foi umas das pessoas que mais chamaram O Dia do Senhor de marca da Besta demoníaca... (Ap 1.10) 7. Considerando que... Ellen White aceitou ser considerada uma mensageira inspirada para o tempo do fim! (Jr 23.16). 8. Considerando que... Ellen White canonizou uma doutrina que ensina que o Senhor Jesus entrou no Santíssimo apenas em 1844. (Hb 9.24,25). 9. Considerando que... Ellen White ensina que satanás levará por fim a punição dos pecados dos salvos. (Is 53.5). 10. Considerando que... Ellen White chamou as falsas profecias dos adventistas de acontecimentos Bíblicos - disse que o clamor da meia noite de Mt 25.6, e que Ap 10 refere-se à mensagem da volta de Jesus em 1844. 11. Considerando que... Ellen White ensinou que a porta da salvação ficou fechada de 1844 até 1851. 12. Considerando que... Ellen White considerou ALGUMAS RAÇAS de pessoas, que são imagem de Deus, sendo resultado de cruzamentos de animais com pessoas. 13. Considerando que... Ellen White ensinou que a salvação na ‘angústia final’ ou grande tribulação, será pela guarda do sábado.
14. Considerando que... Ellen White estava suscetível ao espiritismo, visto que tinha muitas ‘alucinações’(visões e sonhos). 15. Considerando o que a Bíblia diz “A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira [...]” 2 Tessalonicenses 2:9-11 CONCLUSÃO
Poderíamos propor que esse ministério profético/místico que surgiu em torno dessa senhora iludida, pode ser sim, uma operação do erro que Deus enviaria para as pessoas que não aceitam Sua Palavra, Sua Verdade. A operação que Satanás teria liberdade de fazer de caráter religioso. Acredito que meus amigos adventistas não se sentirão ofendidos com essa possibilidade, na verdade probabilidade. Pois é por amor, que digo isso. Aos irmãos ‘adventistas’, salvos por Cristo, que estão libertos desse ‘espírito’, mas ainda estão na IASD. Que sejam corajosos em ajudar outros a se libertarem da crença em Ellen White.
Deus nos ajude!

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Vejam Só: Ronaldo Vasconscelos vs Leandro Quadros


MINHA IMPRESSÃO SOBRE O DEBATE ENTRE O REV. RONALDO VASCONCELOS E O PROFESSOR ADVENTISTA LEANDRO QUADROS:

1. A começar na apresentação quando o  Éber Cocareli diz que ambos creem na Inerrância Bíblica, é um equivoco – o pastor Ronaldo crê na Inerrância, o Adventista Leandro Quadros não! Ele poderia ter corrigido isso...


2. O pastor Ronaldo deu um golpe inicial desconcertante em Leandro Quadros quando ele menciona Cl 2.16 não na linha Puritana, mas na mesma interpretação de Calvino, isto é: ali fala do sábado do sétimo dia mesmo! Logo em seguida percebe-se que Quadros, reconhecendo essa interpretação a correta do texto (será que Quadros mudou de ideia, já que a constante explicação era que sábados em Cl 2.16 são sábados cerimoniais? A mudança de postura em Quadros fica claro por causa do argumento que ele usou antes – que o sétimo dia recebe nome=sábado...) se esforça a explicar o que ele não conseguiu, é só ver.


3. Leandro Quadros nos presenteia com um "neologismo teológico" – o batismo é 'memorial' para a morte e ressurreição. O Rev Ronaldo também deixa Leandro Quadros sem saída quando ele nos informa que a LXX não usa a mesma expressão de Ap 1.10 em relação ao sábado! Além disso, a questão do lugar de adoração envolvendo Paulo, foi também desconcertante para Quadros.


4. O pastor Ronaldo cometeu um equivoco ao dizer que quem guarda o sábado está pecando – isso foi um erro dele. O Leandro Quadros dizer que quem guarda o domingo peca, isso já estamos acostumados, pois Ellen White disse que foi o diabo que colocou esse dia. Antes de você ouvir um adventista fazer um estardalhaço nesse ponto, lembre que eles condenam os que não aderem ao sistema de saúde de Ellen White, onde a Bíblia diz claramente que não há pecado...


5. Leandro Quadros insiste em citar Ellen White quando ela disse que quem guarda o domingo será salvo, essa citação eu já provei que ele faz fora do contexto (AQUI). 

Conclusão: apesar da grande experiência de Leandro Quadros em debates, e ele realmente é um debatedor experiente, além de ser um apresentador de TV, ele foi visivelmente derrotada em um assunto que com certeza é o que se sentiria mais seguro. 

Deus usou o Pastor Ronaldo e provou a verdade diante de todos!


*Assim que o Vejam Só disponibilizar no Youtube, coloco o link aqui.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

CLIFFORD GOLDSTEIN: A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DO JUÍZO DE 1844 PARA O ADVENTISMO


“O Senhor tirou-me do pecado, da morte e da alienação e vazio de uma vida afastada de Deus, e elevou-me não apenas a um conhecimento de Jesus, mas ao adventismo, á verdade presente, ao movimento mais importante desde a Reforma Protestante”

“...nossa [Adventista] mensagem está ligada ao que aconteceu em 1844.”

“ Se a doutrina de 1844 não era bíblica, Ellen White pertencia à mesma classe de Mary Baker Eddy e Joseph Smith.”

“ Se o juízo de 1844 não era bíblico, a igreja tampouco o era.”

“ A lógica me dizia que se a data de 1844 não fosse bíblica, o adventismo não seria nada mais do que uma seita.”

“ Se alguém quisesse usar o Antigo Testamento – sem consultar o Novo – teria tanta evidência para o juízo investigativo em 1844 quanto teria para provar que Jesus de Nazaré é o Messias!”

“...minha confiança na verdade de 1844 permitiu-me vê-la [Ellen White] como um dos maiores profetas que já existiram!”

“Minha compreensão da verdade a respeito de 1844 deu-me uma nova experiência com Jesus..”

“...os ensinamentos sobre 1844 provam, além de qualquer dúvida, que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é a igreja remanescente da profecia bíblica.”

“O juízo investigativo – mais que o estado dos mortos, o sábado e a segunda vinda – estabelece a validade do adventismo.”

“Enquanto não entendermos a verdade de 1844, percebendo que os adventistas são os únicos que a ensinam...”

“...se não tiver profundo conhecimento a respeito dessa data [1844] ...então estará mal preparado para a sacudidura e o tempo de angustia.” 

“A data de 1844... não nos salva. Mas, se 1844 não for uma data bíblica, nossa mensagem é falsa: somos uma igreja falsa ensinando uma falsa mensagem, e levando as pessoas por uma caminho enganoso. Ou a data de 1844 é verdadeira e temos a verdade, ou é falsa e nós herdamos uma mentira e a temos propagado.”

“O juízo investigativo de 1844, o pilar teológico de nosso movimento...uma vez que ela [a doutrina de 1844] desapareça, imediatamente desaparece o adventismo”

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O que Ellen White disse sobre Mateus 24.36 e a previsão de 1844?

Todos sabemos que Guilherme Miller, enganado pelo diabo, desobedeceu arrogantemente ao que Jesus disse em Mt 24.36 e At 1.6,7 e marcou a volta de Jesus para as datas de março de 1843, março de 1844 e outubro de 1844, (essa última geralmente os apologistas adventistas jogam a culpa em Samuel Snow, nome esse que Ellen White jamais atribuiu a data de 22/10/1844, pelo menos até agora não achei nada...).

Então, qual explicação os mileritas davam sobre Mt 24.36? Essa que Ellen White relata em seu livro O Grande Conflito. Veja por você mesmo o tom de aprovação dada por ela para a explicação (distorção) que davam sobre o que o Senhor Jesus disse, e julgue por si mesmo se o texto não foi 'violentado' para defender o grande desapontamento adventista, provando que aquele movimento não era guiado por Deus. No fim, guarde isso - tudo pelo adventismo, nada pela verdade!

“Daquele dia e hora ninguém sabe", era o argumento mais freqüentemente aduzido pelos que rejeitavam a fé do advento. do Céu, nem o Filho, mas unicamente Meu Pai." Mat. 24:36. Uma explicação clara e harmoniosa desta passagem era apresentada pelos que aguardavam o Senhor, e o emprego errôneo que da mesma faziam seus oponentes foi claramente demonstrado. Estas palavras foram proferidas por Cristo na memorável conversação com os discípulos, no Monte das Oliveiras, depois que Ele, pela última vez, Se afastou do templo. Os discípulos haviam feito a pergunta: "Que sinal haverá de Tua vinda e do fim do mundo?" Jesus lhes deu sinais, e disse: "Quando virdes todas estas coisas, sabei que Ele está próximo às portas." Mat. 24:3 e 33. Não se deve admitir que uma declaração do Senhor destrua outra. Conquanto ninguém saiba o dia ou a hora de Sua vinda, somos instruídos quanto à sua proximidade, e isto nos é exigido saber. Demais, é-nos ensinado que desatender à advertência ou recusar saber a proximidade do advento do Salvador, ser-nos-á tão fatal como foi aos que viveram nos dias de Noé o não saber quando viria o dilúvio. E a parábola, no mesmo capítulo, põe em contraste o servo fiel com o infiel e dá a sentença ao que disse em seu coração - "O meu Senhor tarde virá". Mostra sob que luz Cristo olhará e recompensará os que encontrar vigiando e pregando Sua vinda, bem como os que a negam. "Vigiai, pois", diz Ele; "bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo assim." (Mat. 24:42-51.) "Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3. Mostrou-se assim que as Escrituras não oferecem garantia aos homens que permanecem em ignorância com relação à proximidade da vinda de Cristo. Aqueles, porém, que unicamente desejavam uma desculpa para rejeitar a verdade, fechavam os ouvidos a esta explicação; e as palavras - "Daquele dia e hora ninguém sabe" - continuaram a ser repetidas pelos audaciosos escarnecedores e mesmo pelos professos ministros de Cristo. Ao despertarem os homens e começarem a inquirir do caminho da salvação, interpuseram-se ensinadores religiosos, entre aqueles e a verdade, procurando acalmar-lhes os temores com interpretações falsas da Palavra de Deus. Infiéis vigias uniram-se na obra do grande enganador, clamando: "Paz, Paz!" quando Deus não havia falado de paz. Muitos, tais quais os fariseus do tempo de Cristo, se recusaram a entrar no reino do Céu e embaraçavam aos que estavam entrando. O sangue dessas almas ser-lhes-á requerido.” (GC 370-372).

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Aniquilacionismo, uma Doutrina Grega e Pagã

"Aniquilacionismo, uma Doutrina Grega e Pagã
Os adventistas costumam alegar que a doutrina da imortalidade da alma é uma doutrina originada na filosofia grega, portanto pagã.
Mas a questão colocada nestes termos além de ser simplória, é enganosa. Estamos falando de qual filosofia grega, afinal?
Antes de aparecer a filosofia, a religião grega apresentava duas expressões de crença: uma pública e outra privada.
1) A religião pública – baseada nos poemas de Homero – cuja antropologia era naturalista e acreditava na mortalidade do homem, é um exemplo de que os gregos nem sempre foram favoráveis à ideia da imortalidade inata da alma.
Afirma certo estudioso no assunto que: “Nos poemas homéricos (c. séc. VIII a.C.), os usos do termo psyché (ψυχή) podem ser reduzidos a basicamente dois: sombra (σκιά) e força vital, que se extingue com a morte e é aplicável somente aos humanos.” (ROBINSON, T. As Origens da Alma: os Gregos e o Conceito de Alma de Homero a Aristóteles. Anna Blume Editora, São Paulo, 2010., pp. 17–18)
2) A religião dos mistérios – “Orfismo” – que fazia separação entre alma e corpo. Era o fundamento da religião privada. O Orfismo acreditava na sobrevivência da alma e na reencarnação. É ela que irá influenciar posteriormente muitos filósofos gregos.
Filosofia
Na filosofia não era diferente, já que havia partidários das duas crenças:
3) A filosofia pré-socrática e clássica – com ênfase na imortalidade da alma. Essa de fato acreditava numa imortalidade inerente à alma. Essa doutrina foi melhor desenvolvida por Platão.
Mas a filosofia grega não se resumia apenas à filosofia de Platão. O que os adventistas não revelam é que a crença aniquilacionista também tem seus pés fincados na filosofia grega dos materialistas epicureus e estoicos.
4) Filosofia holística e materialista – escolas filosóficas que rejeitavam a imortalidade da alma. Entre elas estavam os seus maiores representantes: Epicureus  e Estoicos que influenciaram bastante a filosofia.
O que criam os Estoicos?
Os Estoicos, apesar de acreditarem em um tipo de alma corporal, ensinavam que, no final de tudo, ela seria extinta. Vejamos melhor essa crença nas palavras de certo estudioso:
“Pelo fato mesmo de não terem a natureza da alma, os estoicos antigos não são claros quanto à imortalidade da alma. Afirmam que não é espírito inato, que é corpórea, que é corruptível, mas permanece depois da morte […] Cleanto afirma que todos permanecem até “o incêndio do mundo”, mas Crisipo acha que subsistem só as almas dos sábios” (LAÊRTIOS, Diôgenes. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Mário da Gama Kury. UNB, 1977. LAÊRTIOS, Diôgenes. Ibidem, VII, 107)
O que criam os seguidores de Epicuro?
“Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade […] A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui.” (Epicuro – Carta a Meneceu – destaque meu)
O epicurista romano, Titus Lucretius Carus, em sua De Rerum Natura foi além e afirmou que a alma é de natureza corpórea e está sujeita à morte. A alma do homem consiste em átomos diminutos que se dissolvem com o húmus quando este morre, dando, posteriormente forma às rochas, lagos ou flores.
“[…] ora, não vamos acreditar que as almas fogem do Aqueronte ou que espectros voejam entre vivos, ou que alguma coisa de nós pode ficar depois da morte, visto que o corpo e a substância da alma, aniquilados ao mesmo tempo, se dispersam nos seus elementos respectivos.” (LUCRÉCIO. Da natureza IV, 40-45– destaque meu)
E mais: “Assim, a substância do espírito não pode surgir sozinha sem o corpo nem pode estar afastada dos nervos e do sangue. Se, efetivamente, o pudesse, muito antes a própria força da alma poderia residir na cabeça ou nos ombros ou nas extremidades dos calcanhares e nascer em qualquer parte do corpo, visto que no fim ficaria no mesmo homem e no mesmo vaso. Ora, como parece haver no nosso corpo um lugar certo e determinado onde podem residir e crescer por si o espírito e a alma, é esta mais uma razão para negar que possam viver fora do corpo e duma forma viva, quer nas friáveis glebas da terra, quer no fogo do sol, quer na água, quer nas altas regiões do ar. Todos estes corpos não contêm qualquer sensibilidade divina, visto que nem sequer podem ser animados por uma alma.” (LUCRÉCIO. Da natureza V, 127-145– destaque meu)
Uma teologia condicionalista no épico sumeriano de Gilgamesh
Neste épico os deuses são os que detêm a imortalidade. Gilgamesh implora para que a imortalidade lhe seja concedida pelos deuses, mas Utnapishtim (o Noé da epopeia), o único humano que a possui, esclarece a Gilgamesh o seguinte:
Ó Gilgamesh, foi-te dada a realeza segundo o teu destino.
A vida eterna não era teu destino.
Quando os deuses criaram o homem
deram-lhe como atributo a Morte,
mas a Vida, a Vida Eterna, essa, só ficou para eles.
Ao contrário dos gregos que postulavam uma imortalidade inata da alma, aqui a imortalidade é condicionada à benevolência dos deuses. No caso, Utnapishtim a possuía, mas a Gilgamesh, foi-lhe negada. Resguardada as devidas proporções, esse conto pagão parece muito com a ideia condicionalista.
Influência da Filosofia Grega no ateísmo moderno
A crença aniquilacionista da filosofia grega sobre a alma influenciou diretamente um grande pensador ocidental moderno e suas ideias ateístas.
Mas lá pelo século II d.C, Tertuliano já denunciava alguns cristãos influenciados pelas ideias gregas aniquilacionistas dos epicureus:
“E  se  há  os  que  afirmam  que  a  alma  é  mortal,  é  porque  o  aprenderam  dos  epicureus;  se  há  os  que negam  a  ressurreição  do  corpo,  é  porque  o  tomaram  de  todas  as  escolas filosóficas  reunidas;  se  a  matéria  é  equiparada  a  Deus,  é  porque  tal  é  a  doutrina  de  Zênon;  e,  quando  se  fala  de  um  Deus  de fogo, isto se deve a Heráclito.  Hereges e filósofos soem tratar dos mesmos assuntos. Que  tem  a  ver  Atenas  com  Jerusalém?  Ou  a  Academia  com  a  Igreja? Ou os  hereges com os cristãos?  A  nossa  doutrina  vem  do  pórtico  de  Salomão,  que  nos  ensina  a  buscar  o  Senhor  na simplicidade  do  coração.    Que  inventem,  pois,  se  o  quiserem,  um  cristianismo  de  tipo  estoico, platônico  e  dialético! Quanto a  nós,  não  temos  necessidade de  indagações depois  da  vinda  de Cristo  Jesus, nem de pesquisas depois do Evangelho.” (De  Praescriptione Haereticorum, c.7)
A filosofia materialista de Epicuro também influenciou um jovem alemão por nome Marx, que viria ser um dos maiores ícones do ateísmo moderno do século XX.
O ateísmo de Marx foi em parte influenciado pela filosofia de Epicuro. A tese de doutorado de Marx teve como título “A diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro.”
Mas outro autor muito influente no ateísmo de Marx foi o filósofo alemão materialista Ludwig Andreas Feuerbach. O primeiro livro de Feuerbach teve como título “Pensamentos sobre Morte e Imortalidade”. Nesse trabalho ele ataca a ideia da imortalidade, sustentando que, após a morte, as qualidades humanas são absorvidas pela natureza, semelhante ao que disse Lucrécio."